AGRADECIMENTOS
Entre 31 de Julho e 29 de Agosto do corrente ano esteve patente em Loriga, na Sede da Fundação Cardoso de Moura, a exposição de fotografia “Perdidos no Tempo”, com trabalhos da minha autoria. Agradeço a todas as pessoas que a visitaram e àquelas que deixaram palavras de incentivo e de congratulação no livro de honra.
A concretização desta minha primeira exposição individual foi possível graças à Fundação Cardoso de Moura, pela imediata adesão e disponibilidade face à proposta que sugeri assim como por todo o apoio despendido durante a preparação e o período em que o evento decorreu. Por tais factos, dirigo o meu agradecimento aos membros dos orgãos sociais da Fundação, em especial ao José Romano e Rodrigo Amaro. Também o meu obrigado para outras pessoas que, de alguma forma, colaboraram antes, durante e depois da realização do evento.
Cabe-me ainda salientar a minha gratidão às entidades presentes na inauguração da exposição: Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Seia, Presidente do Conselho de Administração e demais membros dos orgãos sociais da Fundação Cardoso de Moura, Pároco de Loriga, Juiz da Irmandade das Almas e do Santissímo Sacramento, Presidente da Direcção da Sociedade Recreativa e Musical Loriguense e Presidente da Direcção da Confraria da Broa e Bolo Negro de Loriga.
Para aqueles que não tiveram oportunidade de visitar a exposição apresento aqui os trabalhos fotográficos que fizeram parte do evento.
"PERDIDOS NO TEMPO”
De máquina fotográfica em punho entro em lugares de Loriga que pertencem
ao passado...
Vou registando no cartão de memória enquanto observo, em redor, espaços
ou divisões que outrora tiveram a sua funcionalidade. E também me interrogo
sobre as vivências e rotinas da gente que ali habitou, trabalhou ou apenas
passou. Tenho como resposta uma barreira de silêncio por parte de utensílios, máquinas,
móveis, artefactos e outros objectos, numa espécie de pacto concertado de recusa
na revelação das histórias de vida que esta legião de inanimados testemunhou.
O desafio que lugares e coisas nos lançam é o de reconstituir histórias
com base naquilo que é observado, encontre-se ele no seu maior ou menor estado
de decadência ou de esquecimento. Mas todos eles guardam memórias e histórias
perdidas na distância do tempo, as quais sucumbirão no momento do
desaparecimento definitivo dos sinais materiais da sua existência.
Por muitas e diferentes razões tratam-se de lugares que ficaram adiados
e suspensos na sua evolução, acabando muitas vezes por ser considerados
inúteis. Até se saber o que fazer com eles é tempo mais que suficiente para se
desencadear o processo de decadência. O colapso estará eminente e será acelerado.
Na angústia da sucessiva degradação e enquanto aguardam pelo seu fim ou
pelo recomeço eles encontram-se PERDIDOS
NO TEMPO.
"Horas incógnitas"
"Cubículos"
"Fé inabalável"
"Abrigo arejado"
"Memórias do ofício da lã"
"Ecos do silêncio"
"De costas voltadas"
"Emissão televisiva"
"O aposento da religiosa"
"Reocupação"
"Chamada em espera!..."
"Linhas suspensas"
"Registos manuscritos"
"O peso da corrosão"
"Há óleo no túnel"
"Todos os tamanhos"
"Usar quando o frio apertar!..."
"Inevitável inabitabilidade"
"Sintonização radiofónica"
"Mutações..."
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